sábado, 4 de junho de 2016

Beberei


Palavras,
jogo de palavras.
Jogo as palavras,
misturadas,
de novo.
Palavra jogadas.
Leia tudo diretamente sem vírgulas sem pausa para respirar rápido rápido de novo.
Pare!
Respire.
Leia cada l-e-t-r-a.


Hmm...

Ar!
Ar! Ar! Ar!
Preciso de ar!
E água! Joga água!

Aguardente,
quente.
Fogo.

Fogo! Fogo!
Joga palavras...
Digo, água!
Não!

Para o parapente paralelepípedo o para.

Beba!
Beba a água ardente,
fervente.
Ah! Dor!
Beba a dor,
pega o babador para o bêbado que bebe igual ao bebê.

Para.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

O espelho da alma

Fonte

Entre a dor e o prazer
Operamos em seu limiar
Torturados pelo não fazer
Aceitam a vida limitar

Eternos escravos de uma ilusão
A procura de correntes a quebrar
Como amantes, apegados ao padrão
Freiados pelo medo de errar

Ignorantes, invejáveis os abençoados
Assim como virgens, intocados pela clareza
Desconhecedores do pior dos pecados
O desejo pela vida, a pior tristeza

E nesses versos, que cansei de rimar
Não há respostas a gritar
Abra a janela e aceite meu olhar
Que anceia nele, um mundo a vagar