terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Egoísmo-mania

Egoísmo, mania, doença.

Às vezes parece doença, torna-se um ato compulsivo. Um vício eu diria. Isso um vício! Seria uma boa definição, afinal vício também é algo que você não se consegue parar de fazer. Não consegue parar de ser egoísta, pensa que a única felicidade que importa é a sua. Como diria minha mãe, “Vive em uma nuvem de peido”. 

Às vezes temos que controlar nossas vontades, ser mais racionais. Sempre fui julgado por ser muito racional, mas acredito que tenha que existir certo equilíbrio. Acredito naquela frase: "Aqui se faz, aqui se paga", apesar de nem sempre aplicar-se para todos. Mas em longo prazo, o pato sempre alguém paga.

Assim como a história do livro "Eu sou o mensageiro", gostaria de poder entregar a mensagem, as pessoas recebe-las e tornar a sua vida melhor daquele instante em diante, mas ao contrario de algumas pessoas, não estou vivendo em um mundo de fantasias.

Gostaria muito de sacudir algumas pessoas e elas me ouvirem, ou talvez dar umas boas porradas em outras. Infelizmente, às vezes, não podemos fazer nada e ficamos assistindo tudo de camarote. Como a implosão de um edifício, uma reação em cadeia.

E quando penso que tudo acabou, a história recomeça com outros atores. Vai ver esse povo assiste Malhação demais. Minhas esperanças em algumas pessoas já se esgotaram, resta nenhuma.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Palavras

Inútil, imprestável, insegurança.

Falo o que quero, ouço o que não quero.
Falo o que não querem, ouço o que não quero.
Fico mudo, ouço o que não quero.

Desprezo.

A métrica da palavra. O preço da palavra.
Quanto ela vale? Porque não medi-la?

Desacato.

Você não é bom o suficiente. Sempre há alguém melhor.
Suas produções, desprezadas!
Insegurança, insegurança. Não seja o primeiro.

Existência.

O que faço aqui? Exclua-me! EXCLUA-ME!
Não quero participar. Não seja cruel.
Não espanque e destroce meu ego.
Não o faça virar migalhas que não possa ser recolhidas.

Hipocrisia.

Venha com este sorriso cínico.
Peça-me coisas que você não faria.
Iluda-me dizendo que sou privilegiado.
Diga-me que gostaria de esta no meu lugar. Há!

Indiferença.

Aja com indiferença. Naturalidade.
Afinal, estou sendo pago para me apagar.
Use-me como uma prostituta, pagando terá o direito de usar como quiser.
Não reaja! Programe-se. Afinal somos desprovidos de sentimentos.

É complicado quando realizamos algo de coração.
Dedicação e paixão aplicadas.
E como resultado obtemos apenas a Indiferença, Hipocrisia, Desprezo e o Desacato.

sábado, 13 de setembro de 2008

Run Forrest!

Só mesmo alguém com algum tipo de deficiência mental, poderia acreditar que a vida é simples, como uma caixa de chocolates. Onde todo mundo é ingênuo e o mau não se multiplica. Onde uma vida tranqüila no campo é suficiente e luxuria e ostentação não são necessários.

Só mesmo alguém com algum tipo de deficiência mental, poderia esperar por seu amor a vida inteira, dedicando-se inteiramente ao amor e apenas esperar reciprocidade como recompensa.

Só mesmo alguém com algum tipo de deficiência mental, acabaria se dando tão bem no exercito tão rapidamente.

Só mesmo alguém com algum tipo de deficiência mental, seria tão sincero a ponto de fazer todas as pessoas acharem que fosse o maior mentiroso.

Só mesmo alguém com algum tipo de deficiência mental, agarraria seus sonhos tão firmemente que nunca fracassara. Acreditando e seguindo em frente até o fim, até o ponto em que não tivesse mais sentido.

Só mesmo alguém com algum tipo de deficiência mental, para não se importar com os julgamentos alheios. Somente importando-se com o julgamento das pessoas que significavam muito para ele.

Só mesmo alguém com algum tipo de deficiência mental, que não se importava com trabalho a ser feito, faz da melhor forma possível, da forma perfeita se possível, de coração.

Só mesmo alguém com algum tipo de deficiência mental, em acreditar tão cegamente no amor como combustível para a vida.

Começo a confundir sobre quem estou falando.
Quem dera todos terem um pouco desta "deficiência mental".

(Inspirado no Filme: Forrest Gump / 1994)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Conhecimento Financiado

Essas últimas semanas fiquei refletindo sobre os grandes “gênios” da ciência que fazem parte da nossa historia, como Albert Einstein, Isaac Newton, etc. Naquela época acredito que os recursos eram extremamente limitados (financeiramente e em termos de conhecimentos). E mesmo dentro destas grandes limitações, usufruímos suas descobertas e invenções até hoje, inclusive, ainda nos auxiliam para novas descobertas.

Porque não temos mais grandes cientistas como estes surgindo nas ultimas décadas? Talvez porque existem milhares de novos cientistas como eles nos dias de hoje e não passam de meros empregados de empresas vendendo seus conhecimentos para um poder maior. Claro! Quem sou para julgar? Provavelmente faria o mesmo, infelizmente.

Porém acredito que a resposta seja outra. Acredito que o porquê seja que agora se financia conhecimento de acordo com interesses egoístas. O estudo da ciência segue uma linha em que quem está financiando a traça, seja financiamento privado ou público. Não dando margem as estes novos cientistas.

Nos séculos passados, os nobres financiavam estes cientistas, sem grandes ganâncias, isso quando não se auto-financiavam numa época que isto ainda era possível. Eram pessoas que estavam imunes ao condicionamento que o mundo impunha e estavam dispostas a abrir mão da luxuria.

A grande questão é que o conhecimento caminha “de acordo” com o financiamento e não “apesar de”. Quando o assunto é financiamento privado as coisas são ainda piores, sendo que a partir do momento que o órgão privado detêm este conhecimento, tem a livre liberdade de fazer o que bem entende. Quando se trata de conhecimentos “supérfluos” como inovações automotivas, OK! Mas quando se trata de conhecimentos de interesse humanitários? Como vacinas, inovações cirúrgicas, biomecânica, etc. Este conhecimento é direito de quem? É certo privar o direto à vida ou à qualidade de vida das pessoas por interesses privados?

Ou seja, o conhecimento é adquirido através de financiamentos, controlados, a partir de interesses gananciosos. O quão limitado e presos a uma regra estamos?

sábado, 30 de agosto de 2008

Não. Isso não é.

Existem palavras que deveriam ter a definição proibida. Sem dicionários, palavras como religião, felicidade e morte que tentam ser explicadas pelo homem como matemática, estariam livres de um julgamento. Há quem se arrisque nessas palavras, ao invés de as definindo por lógica, provando o sabor de cada uma delas. Entre tantas, também o amor.

Amor, sim. Sentimento que, ilógico, me nego a tentar dizer o que é. Me nego por não ter a capacidade humana de buscar respostas onde não existe. Capacidade que tenta ser sábia quando é tão inexpressiva e que desunamiza o humano ao tentar definir o que é impossível. Agora, ao ver pequenas coisinhas ausentes de amor, me sinto totalmente capaz de dizer o que, definitivamente, ele não é. O que não é o amor.

Bobo que penso não ser, escrevo o fácil: o ódio. Ele com certeza não é o amor. Ele me faz acreditar no impossível de que um sentimento tão inimigo é capaz dividir com o amor o mesmo corpo. O ódio é forte, dá a força, descontrole e a sensação de sermos capazes de tudo. Capazes até de matar o amor que mora no coração, ao lado do seu próprio assassino.

Mesmo assim há quem segure o duelo e consiga, com ódio, viver assassinando o amor. Não digo ódio no sentido à ex do seu namorado que te chamou de vaca ou ao cara que arrebentou seu carro e mesmo culpado não pagará pelo conserto. Digo no ódio ao eu. No ódio que de tão eu, é egoísta e nem eu, nem você percebemos.

Aquele ódio que não é capaz de nos fazer sorrir, devido ao ônibus lotado que nos espera. Pior ao que não tem pernas e não consegue pega-lo. O ódio daquele cabelo despenteado que não se ajeita. Pior ao cego que não enxerga o espelho. Ou aquele ódio ao reclamar da carne dura no prato, que os que têm fome odiariam se não pudessem a comer.

É, quando me esforço em pensar que o amor deveria ser o combustível da vida, me deparo com ódios. Vivendo assim, prefiro chamar isso não de vida, mas de vidinha. Vidinha como essa da necessidade de prazeres excessivos onde a felicidade é inalcançável e constrói um mundo em busca do prazer, longe de qualquer simplicidade. Mundo que poderia apenas, como único que é, ser tão simples como A de amor. Um mundo em sua essência puro e simples. Onde todas as peles fossem de uma só cor e não tivéssemos olhos para enxergar aparências. Quem tal sem boca? Assim, quem sabe, o sentimento de amor se transformaria de uma palavra a um gesto.

Isso, cara: gesto. Esse que é trocado por uma palavra que se quebra fácil. Que não é amor. É palavra. É a palavra que o desapaixonado diz não existir - como o ateu sobre a suposição de deus –, que assim só diz porque nunca conheceu. Nunca conheceu amor.

domingo, 24 de agosto de 2008

.. Oh admirável mundo novo!

Desculpe-me por minha ignorancia, não optei pelo condicionamento de meus conhecimentos...

Livre-me destas correntes...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Amor Incondicional

São raras às vezes em que podemos presenciar em nossas vidas o amor verdadeiro, o amor puro.
Este amor não provém das relações entre casais normalmente.

Ultimamente tenho conhecido uma pessoa que possuem esta benção, um amor tão puro e verdadeiro que a água mais cristalina tornaria-se opaca se comparada.
Trata-se do amor entre Pai/Mãe e filho(a). Toda vez que conversamos sobre sua filha fico comovido com sua comoção, da admiração dele por ela.

Para outras pessoas, ter uma filha, uma família aos plenos 24 anos de idade seria uma desgraça, mas não para esta pessoa. A desgraça dele provém da tristeza de não poder passar mais tempo com sua filha.

Pergunto-me como existem pessoas que comentem tantas atrocidades às crianças, são tantos os absurdos que ouço falar, que sinto vergonha em pensar os Seres Humanos podem ser capazes de tais coisas, seria fácil acreditar que estas manchetes não passam de ficção.

Todas suas atitudes e motivações são baseadas na lembrança de um rosto angelical. Em busca de um futuro melhor para sua filha ocupa-se o dia inteiro trabalhando e a noite estudando, sendo que ao retornar para casa tarde a noite, não há mais ninguém acordado, repetindo-se esta rotina de segunda a sexta.

Sinto o aperto das saudades que ele sente em meu peito e são pessoas assim que me alegram, que me fazem acreditar e ter aquele fundinho de esperança em nós.

Este amor não se busca reciprocidade, não espera retribuições nem compensações. Este é o amor incondicional.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Hipocrisia

Antes de qualquer coisa gostaria de informar que o tema que abordo a seguir, “Criança Esperança”, não sou contra, porém não consigo ficar quieto diante da hipocrisia que a Rede Globo impõe.
Desde a sua criação, à 23 anos, esta campanha já arrecadou cerca de 191 milhões de reais (média de pouco mais de 8 milhões a cada edição). Acha bom?

Também acharia se não soubesse que a cada edição do “Big Brother” fatura-se cerca de 50 milhões de reais. Impressionado? Pois saiba que o Big Brother nem está entre os cinco programas de maior receita da Rede Globo, segundo Octávio Florisbal, principal executivo da emissora.

Hipocrisia do povo? Ou Rede Globo? Boa pergunta, talvez ambos.

Se você quiser ir assistir os shows do “Criança Esperança” saiba também que os ingressos variam de R$ 60 a R$ 80 e até onde eu saiba, 0% é convertido para doações.

Também defini-se como: Ganância, respeito ou qualquer coisa que você queira nomear.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Respeito

Somos constantemente desrespeitados, no trabalho, no trânsito, na família, na política.... na vida.

Como esperar respeito dos políticos ou de qualquer coisa pessoa que seja se não conseguimos nem mesmo se querer o mínimo de respeito em casa.
Pessoalmente falando, sinto falta deste ato. Somente através deste ato que podemos atingir a paz e harmonia, podendo depositar confiança no próximo.

Como confiar em alguém que não te respeita? O pior é que os ingênuos como eu ainda tentam apesar de levar tantos tombos e lições. Confiança não é algo que podemos deixar de lado por um tempo e resgatar depois, pedir desculpas e achar que é será digno da sua própria palavra da noite para o dia. É como um castelo de cartas, cada carta vai sendo posta cuidadosamente, quando se desrespeita a uma pessoa quebrando a confiança o castelo cai e cada vez fica mais difícil de reerguer.

Não existe mais espaço em mim para indignação e revolta. Depois de tantas reerguidas de castelo sinto-me cansado, calejado. Resta somente espaço para tristeza e mágoa.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

G8

O grupo dos mais industrializados do planeta Terra, formados pelos líderes do Japão, Grã-Bretanha, Canadá, Alemanha, França, Itália, Rússia e EUA se reuniram este mês e decidiram realizar o acordo de reduzir 50% da emissão do CO2 até 2050. Não soa como uma piada? (Kyoto)
Houve algum acordo já realizado que foi cumprido? Que meta é essa de redução de 50% até 2050?
É para rimar? Ou combinar? 50 e 50?

Não, não. Acho que o palhaço sou eu, faz tempo que estou para comprar meu nariz vermelho.

62% da emissão de dióxido de carbono é fruto dos países que fazem parte do G8 e mesmo assim o Tio Sam só aceitou a este patético acordo se os países emergentes se comprometessem a diminuir a emissão também. É como se esquivar da sua responsabilidade. E ainda querem comandar o mundo sem responsabilidade?

Não há um plano em curto prazo, nem explicações de como pretendem proceder para que esta redução seja real. Fica tudo muito subjetivo. Disseram: -"Foi um pequeno passo.", o pequeno passo foi a dezenas de anos atrás através de vários outros acordos e campanhas. O que quer dizer com "Pequeno passo"? Que ultraje!
Também disseram: -"Esta reunião não foi muito significativa", e eu pergunto: - E quando será significativa a ponto de decidir o que realmente fazer?

Quando a questão é "Vamos expandir o G8" o Petróleo-Man diz "Não vejo necessidade para isto". Não me surpreende, aposto que se fosse possível eles (EUA) transformariam em G1. Sou mais o G5.

Se tudo se mantiver da mesma forma, imagino como estaremos (ou não) em 2050.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Ganância

Deveria constar no dicionário o antônimo de Ganância: -Qualidade de Vida.
Sinceramente não consigo ver como viver com qualidade de vida cercado de pessoas gananciosas, por mais que eu tente.

Tenta-se espremer o máximo do funcionário, torce, aperta, estica e comprime. Tudo para não aumentar a equipe, mesmo quando há orçamento para isto. Ai você vem e me diz: -É a lei do capitalismo. Eu sei, todos sabem, mas ponto em questão é a "Qualidade de vida" a qual se esquece. Tudo é uma questão de ponto de vista do que isso representa realmente, mesmo que muitas vezes este, seja pré-moldado pelos gigantes da mídia.

Para muitos, qualidade de vida é conseguir juntar o maior salário possível no fim do mês, para outros é chegar no fim do mês sem olheiras, stress, dores e perda de cabelo.
Para alguns é obter o carro mais luxuoso do ano, para outros é poder e ter tempo para pedalar até o parque.
Para alguns é poder fazer hora extra trabalhando, para outros é poder ficar horas extras com quem gosta.

O rico quer ficar mais rico, o poderoso mais poderoso, o famoso mais famoso, o importante mais importante e assim por diante.
Enquanto alguns ficam "mais e mais" outros ficam "menos e menos".

Ta então largamos os empregos? Não.
Greve? Não.
Hippie? Para mim não.

Apesar de tudo, para o que considero Qualidade de Vida, ainda necessito de dinheiro. E então?

Só quero dizer que se formos designados para um trabalho de 8 horas e 45 minutos por dia de segunda a sexta para o trabalho "X", porque fazer o alfabeto todo no mesmo espaço de tempo, ou 3 vezes isso usando 6 vezes mais tempo. Tempo que seria usado para nossa "liberdade"?

Ganância.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Maldita Rotina

O Sol lá fora me convida para um passeio sem rumo, a brisa gelada promete me confortar, o som dos pássaros tenta me chamar. Sinto muito, não posso, estou aqui preso entre 4 paredes com uma única janela com vista para outro prédio – Uau!, muitas tarefas a serem concluídas, muito clientes insatisfeitos para atender.

Essa tarde não poderei realizar aquela caminhada até o centro para passar horas no sebo olhando tudo e levando nada. Também não vou poder tomar um gostoso banho de sol olhando para o nada e pensando em tudo. Preciso esquecer de mim, esquecer de meus sentimentos até o fim do expediente. Afinal de contas, sou pago para isso, pago para me apagar.

Fico aqui imaginando me enchendo do cheiro do cloro da piscina praticando uma gostosa natação, enchendo meus pés de bolhas me divertindo com a capoeira ou agredindo meus ouvidos viajando em minha bateria. Nunca me pareceu tão agradável.

Assistir aquele DVD com meu amigo que há tanto tempo não faço isso, conhecer aquele lugar que só vejo na TV, planejar planos malucos, restabelecer contatos antigos, propor atividades diferentes para minha companheira.

Aprender mais sobre o mundo, voltar a desenhar aqueles desenhos horríveis, fazer aquele curso de fotografia ou qualquer outro que me dê vontade. Fico aqui me deprimindo e pensando que não poderei fazer isso hoje, nem amanhã, nem amanhã, nem amanhã, nem amanhã, nem amanhã, ...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Egoísmo

Fico impressionado como muitas pessoas são egoístas, olhar para o próprio umbigo, defender crenças que elas mesmas desconhecem.
Como pode uma pessoa não querer ajudar o próximo? Observar a pessoa ao lado “presa” a um objeto de rodas e saber que talvez ela possa um dia voltar? E mesmo assim lutar a favor de ideal egoísta?

Enquanto discute-se de onde começa a vida, se esquece que há outras vidas para salvar ou aliviar sofrimentos. Parecem discussões de dois séculos atrás, onde a igreja era a dona da razão e do saber.

Pessoas deste tipo não estão em cadeira de rodas ou possuem parentes nesta situação, ou mesmo necessitam de alguma forma dos benefícios desta pesquisa. Preciso acreditar que não, porque que está é a única explicação que vejo para esta atitude, o egoísmo.

Se dependesse de mim, faria de tudo para ver a pessoa ao meu lado vivendo melhor, talvez caminhando, com um sorriso renovado no rosto. Faria de tudo para caminhar com meu avô pela Penca, entre as árvores e ouvir suas histórias, talvez até rever minha avó e dar-lhe um abraço. Não que fosse possível com esta pesquisa, mas com avanço da medicina talvez.

Pesquisas com Células-Tronco, pensem que um dia você também poderá precisar. Todos merecem uma qualidade de vida melhor.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Inerte

Sem reação, imóvel, calado e irracional. Fico em frente à tela sem saber o que fazer, o que escrever, sem forças para iniciar a próxima atividade, sem vontade.


 


Não quero berrar para o mundo me ouvir, quero ficar quieto num canto apenas refletindo, pensando sobre as coisas que acontece ao meu redor.


 


Um festival de fantasia não é suficiente para esta realidade de “faz-de-conta”, máscaras não são permanentes. Sinto-me enfraquecido, talvez até derrotado. O livre arbítrio parece cada vez mais irreal, impossível.


 


A vida é um consumo constante, cada segundo passado é um pedaço de nossa vida sendo consumida. É inevitável, mas sempre temos a oportunidade de fazer que este consumo não seja um desperdício.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Edward

Este fim de semana assisti um clássico, uma magnífica história dos anos 90, Edward Mãos de Tesoura. Há muito tempo que não via, já nem me recordava mais do filme ao certo.

Um filme que vai além de qualquer preconceito, que o amor não enxerga limites nem impõe barreiras, que ingenuidade é parceira da paixão. Apenas Edward, que viveu isolado deste mundo para ser portador de um coração tão puro e livre de ganância.

O retrato da sociedade daquela época não é diferente da atual, pessoas preocupadas com a imagem que refletem e interesses desinteressantes, o que acham ou que vão deixar de achar, não é Edward que não estava preparado, mas sim a sociedade não estava preparada para ele e creio que nunca estará.

Edward vive apenas com a lembrança de um sorriso, de um só abraço, de apenas um simples “Te amo”, mas já o suficiente para ele viver feliz para toda a eternidade que o aguarda, talvez a esperança mantendo vivo o espírito antes adormecido.

Toda vez que a neve caía no pequeno condomínio, trazia junto às lembranças de Edward, mas não havia motivos para tristeza, pelo contrário, era motivo para reviver aquele momento em que dançava ingenuamente e aquecer seu coração com os flocos gelados que saiam da mansão.

Será este um final feliz? Não sei, apenas sei que é uma magnífica história.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Ditadura Disfarçada

Há algum tempo eu venho pensando sobre a ditadura que no passado sofremos neste país e também em outros paises. Não vivi naquela época, apenas pude imaginar através dos livros de história, documentários televisivos e depoimentos de professores.


 


Não posso deixar de comparar aqueles fatos com a nossa realidade atual e, crucifiquem-me se quiser, às vezes acho que ainda vivemos uma ditadura disfarçada.


 


Vamos aos fatos (falando do Brasil):


Algo que lembro muito meu professor comentar aquela época era que não se podia andar em grupos que continham mais de 3 pessoas, ou mesmo um encontro em alguma praça pública com um grupo de amigos eram reprimidos pelos policiais. Pois bem, isso não mudou, pelo menos para o período noturno, digo por mim que cansei de ser reprimido por policiais em praças públicas, condenado por esta fazendo nada de errado, a não ser que estar com um grupo de amigos conversando seja proibido, e claro, não se esquecem nunca de usar a boa e velha violência e ignorância como companheiros.


 


Também tenho ouvido bastante nos documentários sobre a desigualdade social, sabemos que 10% dos mais ricos detêm 75% da riqueza do Brasil e são os que contribuem com menos impostos o que torna cada vez mais acentuada esta situação. No período do golpe de 64 esta situação não estava diferente, para não dizer menos pior.


 


 


Falando um pouco de nível mundial, não posso deixar de comentar nosso querido Tio Sam, os EUA. Sinceramente se alguém entende aquele tipo de voto como democrático, por favor, me convença, que o maior país pregador da democracia é onde não a encontro.


Os motivos? Acho que todos estão “carecas” de saber. Iraque, petróleo, bombas atômicas... Ah! Bombas atômicas! Esse é um assunto que não engulo, junto com a “humanitária” ONU onde apenas 5 paises têm o poder do veto. Afinal de contas, ninguém pode enriquecer urânio, se o fizer ou desconfiarem que esta sendo feito, ta um bom motivo para invadir um país, mas os paises de “respeito” não são questionados e fazem o que bem entendem, ta aí! Muito democrático eu diria.


 


E não esqueça da ditadura das informações da mídia televisiva, “plim-plim! A gente se vê por aqui!”, mas isso é assunto para outro post.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

"Inícios"

Quando paramos para analisar o sistema o qual fazemos parte, percebemos que não conseguimos perceber o que falta todo mundo perceber o que não percebe.
Quantos "Percebe", percebe?

Isto que nos faz pertencer a este selvagem mundo urbano, esta capacidade de ser enrolado e de enrolar, fazer de conta que não vimos o que acabamos de ver, banalizar o absurdo e escandalizar o inofensivo.

Se mostrar como pessoas que não somos, pré-conceituar indivíduos, racismo, violência e violação de direitos.

Direitos dos quais muitas vezes nem sei do que adianta termos conhecimentos, se temos certos direitos que não podemos exercê-los, prefiro nem conhecer.

Diante da tantas barbaridades vistas por este nosso (?) mundo, questiono-me se eu realmente gostaria de pertencer a esta raça chamada "Humana", caso houvesse opção. Os que nos diferenciam "daqueles lá"! Os Homos-Erectus? Aposto que existia mais humanidade do que neste selvagem mundo urbano. Já nem sei mais quais são os sinônimos de "Humanidade".