sexta-feira, 30 de maio de 2008

Egoísmo

Fico impressionado como muitas pessoas são egoístas, olhar para o próprio umbigo, defender crenças que elas mesmas desconhecem.
Como pode uma pessoa não querer ajudar o próximo? Observar a pessoa ao lado “presa” a um objeto de rodas e saber que talvez ela possa um dia voltar? E mesmo assim lutar a favor de ideal egoísta?

Enquanto discute-se de onde começa a vida, se esquece que há outras vidas para salvar ou aliviar sofrimentos. Parecem discussões de dois séculos atrás, onde a igreja era a dona da razão e do saber.

Pessoas deste tipo não estão em cadeira de rodas ou possuem parentes nesta situação, ou mesmo necessitam de alguma forma dos benefícios desta pesquisa. Preciso acreditar que não, porque que está é a única explicação que vejo para esta atitude, o egoísmo.

Se dependesse de mim, faria de tudo para ver a pessoa ao meu lado vivendo melhor, talvez caminhando, com um sorriso renovado no rosto. Faria de tudo para caminhar com meu avô pela Penca, entre as árvores e ouvir suas histórias, talvez até rever minha avó e dar-lhe um abraço. Não que fosse possível com esta pesquisa, mas com avanço da medicina talvez.

Pesquisas com Células-Tronco, pensem que um dia você também poderá precisar. Todos merecem uma qualidade de vida melhor.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Inerte

Sem reação, imóvel, calado e irracional. Fico em frente à tela sem saber o que fazer, o que escrever, sem forças para iniciar a próxima atividade, sem vontade.


 


Não quero berrar para o mundo me ouvir, quero ficar quieto num canto apenas refletindo, pensando sobre as coisas que acontece ao meu redor.


 


Um festival de fantasia não é suficiente para esta realidade de “faz-de-conta”, máscaras não são permanentes. Sinto-me enfraquecido, talvez até derrotado. O livre arbítrio parece cada vez mais irreal, impossível.


 


A vida é um consumo constante, cada segundo passado é um pedaço de nossa vida sendo consumida. É inevitável, mas sempre temos a oportunidade de fazer que este consumo não seja um desperdício.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Edward

Este fim de semana assisti um clássico, uma magnífica história dos anos 90, Edward Mãos de Tesoura. Há muito tempo que não via, já nem me recordava mais do filme ao certo.

Um filme que vai além de qualquer preconceito, que o amor não enxerga limites nem impõe barreiras, que ingenuidade é parceira da paixão. Apenas Edward, que viveu isolado deste mundo para ser portador de um coração tão puro e livre de ganância.

O retrato da sociedade daquela época não é diferente da atual, pessoas preocupadas com a imagem que refletem e interesses desinteressantes, o que acham ou que vão deixar de achar, não é Edward que não estava preparado, mas sim a sociedade não estava preparada para ele e creio que nunca estará.

Edward vive apenas com a lembrança de um sorriso, de um só abraço, de apenas um simples “Te amo”, mas já o suficiente para ele viver feliz para toda a eternidade que o aguarda, talvez a esperança mantendo vivo o espírito antes adormecido.

Toda vez que a neve caía no pequeno condomínio, trazia junto às lembranças de Edward, mas não havia motivos para tristeza, pelo contrário, era motivo para reviver aquele momento em que dançava ingenuamente e aquecer seu coração com os flocos gelados que saiam da mansão.

Será este um final feliz? Não sei, apenas sei que é uma magnífica história.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Ditadura Disfarçada

Há algum tempo eu venho pensando sobre a ditadura que no passado sofremos neste país e também em outros paises. Não vivi naquela época, apenas pude imaginar através dos livros de história, documentários televisivos e depoimentos de professores.


 


Não posso deixar de comparar aqueles fatos com a nossa realidade atual e, crucifiquem-me se quiser, às vezes acho que ainda vivemos uma ditadura disfarçada.


 


Vamos aos fatos (falando do Brasil):


Algo que lembro muito meu professor comentar aquela época era que não se podia andar em grupos que continham mais de 3 pessoas, ou mesmo um encontro em alguma praça pública com um grupo de amigos eram reprimidos pelos policiais. Pois bem, isso não mudou, pelo menos para o período noturno, digo por mim que cansei de ser reprimido por policiais em praças públicas, condenado por esta fazendo nada de errado, a não ser que estar com um grupo de amigos conversando seja proibido, e claro, não se esquecem nunca de usar a boa e velha violência e ignorância como companheiros.


 


Também tenho ouvido bastante nos documentários sobre a desigualdade social, sabemos que 10% dos mais ricos detêm 75% da riqueza do Brasil e são os que contribuem com menos impostos o que torna cada vez mais acentuada esta situação. No período do golpe de 64 esta situação não estava diferente, para não dizer menos pior.


 


 


Falando um pouco de nível mundial, não posso deixar de comentar nosso querido Tio Sam, os EUA. Sinceramente se alguém entende aquele tipo de voto como democrático, por favor, me convença, que o maior país pregador da democracia é onde não a encontro.


Os motivos? Acho que todos estão “carecas” de saber. Iraque, petróleo, bombas atômicas... Ah! Bombas atômicas! Esse é um assunto que não engulo, junto com a “humanitária” ONU onde apenas 5 paises têm o poder do veto. Afinal de contas, ninguém pode enriquecer urânio, se o fizer ou desconfiarem que esta sendo feito, ta um bom motivo para invadir um país, mas os paises de “respeito” não são questionados e fazem o que bem entendem, ta aí! Muito democrático eu diria.


 


E não esqueça da ditadura das informações da mídia televisiva, “plim-plim! A gente se vê por aqui!”, mas isso é assunto para outro post.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

"Inícios"

Quando paramos para analisar o sistema o qual fazemos parte, percebemos que não conseguimos perceber o que falta todo mundo perceber o que não percebe.
Quantos "Percebe", percebe?

Isto que nos faz pertencer a este selvagem mundo urbano, esta capacidade de ser enrolado e de enrolar, fazer de conta que não vimos o que acabamos de ver, banalizar o absurdo e escandalizar o inofensivo.

Se mostrar como pessoas que não somos, pré-conceituar indivíduos, racismo, violência e violação de direitos.

Direitos dos quais muitas vezes nem sei do que adianta termos conhecimentos, se temos certos direitos que não podemos exercê-los, prefiro nem conhecer.

Diante da tantas barbaridades vistas por este nosso (?) mundo, questiono-me se eu realmente gostaria de pertencer a esta raça chamada "Humana", caso houvesse opção. Os que nos diferenciam "daqueles lá"! Os Homos-Erectus? Aposto que existia mais humanidade do que neste selvagem mundo urbano. Já nem sei mais quais são os sinônimos de "Humanidade".