terça-feira, 31 de agosto de 2010

Hipocrisia

Tenho uma coisa a dizer, vou dizer sem rodeios, ou seja, vou direto ao assunto.
Vou falar logo porque odeio gente que enrola o que tem para falar.
Fica dando voltas e não chega direto ao assunto.
Mas antes de falar o que tenho para falar só deixa-me esclarecer que odeio também esperar.
Odeio também que tudo seja muito rápido.
Odeio ter que fazer o que não gosto.
Odeio segundas-feiras.

Isso me lembrou de extremistas, odeio extremistas.
Odeio feministas, odeio machistas.. Ah! e os marxistas também.
Anarquistas, socialistas, nazistas, parasitas.

blá, blá, blá.

Uma cobra que tivesse 50 anos luz de comprimento envelheceria de ponta a ponta por igual? Já questionava Ismael.
Mas não era o que eu queria dizer. Nem perguntar.
Se bem que seria melhor uma pergunta, melhor que uma resposta que é pior que uma afirmação.

Mas como odeio gente que enrola o que tem para dizer vou logo falar:
-Odeio gente hipócrita.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Realidade Sonhada


A nossa realidade é formada pelo ponto de vista do observador, já pararam para pensar nisso?
E em que isto implica exatamente?
Significa que a realidade "na realidade" não é necessariamente aquilo que vemos, o que enxergamos é apenas a realidade do ponto de visto do observador.

Aplicamos a cada fração de segundo filtros ao que enxergamos e sentimos.
Filtramos frequências.

Afinal em que frequência estamos?

Estudos do cérebro revelaram que ao observar um objeto X são ativadas certas parte do cérebro e ao fechar os olhos e imaginar este mesmo objeto as mesmas partes do cérebro são ativadas.

Logo, o que garante a realidade do que enxergamos? Quem garante que isto não passa de um "sonho".

Como seria sua vida do ponto de visto de outro observador?

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Voltar no tempo para avançar

Não é fácil entender algo que é óbvio, simplesmente porque se eu agora disser o que penso a pessoa que está lendo só pensará: -"Ah! OK, isso é lógico".

O que eu quero dizer é a mesma coisa que estou fazendo neste texto.
Isto começou com Sócrates e seu famoso "Só sei que nada sei", mas não é sobre isso que quero falar.
É a metodologia que vi aplicada pelo grande escritor Daniel Quinn em seus diálogos de "Ismael" e "Meu Ismael".
É a grande mensagem que vi por trás da série dos livros "Guia dos mochileiros" de Douglas Adams.

O que quero dizer é que a resposta nem sempre é muito importante. A reposta entregue não tem valor.
Na verdade o que tem valor são as perguntas. E é por isso que no livro do "Guia dos mochileiros" encontrar a resposta 42 foi tão simples perante a busca da pergunta fundamental.
E é por isso que "Ismael" não fornecia respostas aos seus alunos, ele os ensinavam a perguntar, assim como Sócrates fez.

Sócrates andava pelas ruas dialogando com as pessoas, fazendo-lhes perguntas, ensinado a questionar. E ao final apenas concluir que tudo que ele sabia é que nada sabia.

Usando isto como base, olho para os dias de hoje.
As puras crianças que sabem a fazer perguntas são educadas a se calarem.
Nas escolas a via de conhecimento é uma só, do professor para o aluno e não há um caminho inverso, ensinando "verdades absolutas".

Depois de Sócrates, Platão seu discípulo, montou a "Academia", que o nome usamos até hoje.
Porém naquela época as Academias eram centros de diálogos e discussão ondem a figura de "professor" não é nem de longe parecida com a de hoje.

O que concluo é que sem voltássemos no tempo, estaríamos mais avançados do que estamos hoje.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Penso, logo existo?

Descartes disse: "-Penso, logo existo".

Sabe, não consigo concordar plenamente com isso.
Vivo uma constante dúvida do que é realmente realidade.
Afinal só consigo perceber a existência do que vejo e toco.
Hoje sabemos que obviamente existem coisas além do que conseguirmos ver o tocar.
Então o que garante que isso é realidade, ou pior, a NOSSA realidade. Poderíamos ser fruto da imaginação de outra pessoa, o que acabaria totalmente com a idéia do livre arbítrio.

Vamos a um exemplo mais prático: Se ponho um óculos com lentes vermelhas e no instante seguinte esqueço-me de tudo que aconteceu até ali. O que pensaria? Aposto que pensaria que tudo à minha volta é composto por tons de vermelho, iria paracer bem óbvio para mim.
Platão veio com aquela metáfora da historia dos homens das cavernar presos em correntes que viam o mundo somente através das sombras, um dia um escapou e veio informa-lhes que o mundo não era assim. Resultado? O chamaram de louco e o mataram.

Preciso resgatar um pouco da "loucura" interna para ver as coisas, ou melhor, deixar de enxergar os filtros impostos à nossa visão.

Enfim o que o quero saber, resumindo, é que como sei que o estou escrevendo agora não passa de um sonho e o meu "sonho" não será minha realidade?

Mas não quero respostas, quero continuar aprender a perguntar.|