terça-feira, 10 de março de 2009

Tão Perto Tão Longe

Quantas pessoas esbarramos no nosso dia-a-dia?
Quantos “bom dia” e “boa tarde” oferecemos?
Quantas conversas sobre o tempo temos no elevador por dia?
Quantas pessoas que fazem parte da sua rotina você conhece?
Quantas pessoas que fazem parte da sua rotina, realmente, você conhece?
Ou melhor, quantas pessoas você REALMENTE conhece?

Inicia o dia, chego ao meu local de serviço, abro a porta para a pessoa a minha frente e digo um simpático “bom dia”. Já no elevador, se realmente umas das partes estiver de muito bom humor ou for muito comunicativa inicia-se uma desafiante conversa:
-Quente hoje, né?
–Pois é, mas acho que esta chegando uma frente fria.
–Tomara!
Chegando ao andar destino:
-Tchau!
-Até mais.

Sendo que durante um ano, aproximadamente temos uns 220 dias úteis, teremos aproximadamente 220 vezes esta mesma conversa, pode-se alterar o endereço, pode-se alterar os atores, a trama não mudará.

Vemos as pessoas ao nosso redor como objetos, “coisas” que não possui um mundo complexo igual ao nosso. Problemas, conflitos, etc... A vida alheia está muito distante de nós. Essas vidas não existem. Sentimentos não sentidos, não são sentimentos para nós.

O que sai da boca é politicamente correto. Não damos a mínima para os nossos vizinhos, e entenda vizinho como qualquer um que estiver ao seu alcance. O importante é o que parece, e não o que é. São nossas atitudes que nos definem e não o que pensamos.

Somos egoístas, nosso bem estar sempre é mais importante.

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