sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Voltar no tempo para avançar

Não é fácil entender algo que é óbvio, simplesmente porque se eu agora disser o que penso a pessoa que está lendo só pensará: -"Ah! OK, isso é lógico".

O que eu quero dizer é a mesma coisa que estou fazendo neste texto.
Isto começou com Sócrates e seu famoso "Só sei que nada sei", mas não é sobre isso que quero falar.
É a metodologia que vi aplicada pelo grande escritor Daniel Quinn em seus diálogos de "Ismael" e "Meu Ismael".
É a grande mensagem que vi por trás da série dos livros "Guia dos mochileiros" de Douglas Adams.

O que quero dizer é que a resposta nem sempre é muito importante. A reposta entregue não tem valor.
Na verdade o que tem valor são as perguntas. E é por isso que no livro do "Guia dos mochileiros" encontrar a resposta 42 foi tão simples perante a busca da pergunta fundamental.
E é por isso que "Ismael" não fornecia respostas aos seus alunos, ele os ensinavam a perguntar, assim como Sócrates fez.

Sócrates andava pelas ruas dialogando com as pessoas, fazendo-lhes perguntas, ensinado a questionar. E ao final apenas concluir que tudo que ele sabia é que nada sabia.

Usando isto como base, olho para os dias de hoje.
As puras crianças que sabem a fazer perguntas são educadas a se calarem.
Nas escolas a via de conhecimento é uma só, do professor para o aluno e não há um caminho inverso, ensinando "verdades absolutas".

Depois de Sócrates, Platão seu discípulo, montou a "Academia", que o nome usamos até hoje.
Porém naquela época as Academias eram centros de diálogos e discussão ondem a figura de "professor" não é nem de longe parecida com a de hoje.

O que concluo é que sem voltássemos no tempo, estaríamos mais avançados do que estamos hoje.

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