quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Conhecimento Financiado

Essas últimas semanas fiquei refletindo sobre os grandes “gênios” da ciência que fazem parte da nossa historia, como Albert Einstein, Isaac Newton, etc. Naquela época acredito que os recursos eram extremamente limitados (financeiramente e em termos de conhecimentos). E mesmo dentro destas grandes limitações, usufruímos suas descobertas e invenções até hoje, inclusive, ainda nos auxiliam para novas descobertas.

Porque não temos mais grandes cientistas como estes surgindo nas ultimas décadas? Talvez porque existem milhares de novos cientistas como eles nos dias de hoje e não passam de meros empregados de empresas vendendo seus conhecimentos para um poder maior. Claro! Quem sou para julgar? Provavelmente faria o mesmo, infelizmente.

Porém acredito que a resposta seja outra. Acredito que o porquê seja que agora se financia conhecimento de acordo com interesses egoístas. O estudo da ciência segue uma linha em que quem está financiando a traça, seja financiamento privado ou público. Não dando margem as estes novos cientistas.

Nos séculos passados, os nobres financiavam estes cientistas, sem grandes ganâncias, isso quando não se auto-financiavam numa época que isto ainda era possível. Eram pessoas que estavam imunes ao condicionamento que o mundo impunha e estavam dispostas a abrir mão da luxuria.

A grande questão é que o conhecimento caminha “de acordo” com o financiamento e não “apesar de”. Quando o assunto é financiamento privado as coisas são ainda piores, sendo que a partir do momento que o órgão privado detêm este conhecimento, tem a livre liberdade de fazer o que bem entende. Quando se trata de conhecimentos “supérfluos” como inovações automotivas, OK! Mas quando se trata de conhecimentos de interesse humanitários? Como vacinas, inovações cirúrgicas, biomecânica, etc. Este conhecimento é direito de quem? É certo privar o direto à vida ou à qualidade de vida das pessoas por interesses privados?

Ou seja, o conhecimento é adquirido através de financiamentos, controlados, a partir de interesses gananciosos. O quão limitado e presos a uma regra estamos?

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